À primeira vista parece exagero, mas é verdade! A maioria da população brasileira acima de 15 anos, 76% para ser mais exato, não praticou nenhum esporte em um período de 12 meses entre 2015 e 2016. Esses são dados oficiais do PNAD 2015 – Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, pesquisa do IBGE, e podem ser encontrados no suplemento “Prática de Esporte e Atividade Física”. A pesquisa recentemente divulgada foi realizada entre a Copa do Mundo e as Olimpíadas, os dois maiores eventos esportivos do planeta, e nem isso motivou os brasileiros a se exercitarem.
Além da alta prevalência do sedentarismo, merece destaque também a proporção entre homens e mulheres praticantes de atividade física: 63,2% são homens e apenas 36,8% são mulheres, apesar de mais da metade dos brasileiros serem do sexo feminino. E impressiona ainda mais ver que os dois principais motivos para a não realização de atividade física são a falta de tempo (38%) e não gostar ou não querer (35%).
Todos os dias somos bombardeados com matérias, reportagens, artigos leigos e científicos demonstrando os inúmeros benefícios da prática de atividade física regular para a saúde, como diminuição do risco de doenças cardiovasculares, melhora das condições osteo-musculares, diminuição do risco de alguns tipos de câncer, menor incidência de diabetes, hipertensão, obesidade, apenas para citar alguns benefícios. Só esses motivos já deveriam ser mais do que suficientes para estimular todas as pessoas a aderirem a algum esporte. Ressalta-se que a recomendação é de apenas 150 minutos de atividade física de leve ou média intensidade por semana – exemplos: caminhada, hidroginástica, musculação, dança, dentre outros.
O alento para os resultados é que a faixa etária que mais pratica atividade física regularmente é a que vai dos 15 aos 17 anos, com um percentual acima de 50%. Assim, no longo prazo há expectativa que o número de sedentários diminua ao longo dos anos. Entretanto, é fundamental que essa baixa adesão à atividade física comece a mudar desde já entre a população em geral, com o aumento da adesão ao esporte, seja ele competitivo ou recreacional, vislumbrando um futuro com mais qualidade de vida para todos.
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