A busca por um corpo perfeito ou para uma performance atlética cada vez melhor, pode levar mulheres a extremos. Exagero nos treinamentos ou dietas muito restritivas podem desencadear problemas de saúde enquadrados em uma síndrome cada vez mais frequente no nosso meio: a Síndrome da Mulher Atleta. Os componentes dessa síndrome estão intimamente interligados e incluem as desordens alimentares, a osteoporose e as disfunções menstruais.
As mulheres em maior risco para o aparecimento dos sintomas são aquelas que praticam exercícios em excesso, associados ou não a restrições alimentares importantes. A motivação na maioria das vezes está relacionada à busca pela perda de peso, seja por estética ou para melhor rendimento em esportes, como corrida ou ciclismo.
As desordens alimentares, vão desde simples restrições dietéticas chegando a extremos como anorexia ou bulimia, com suas consequências de carência nutricional e desequilíbrio hormonal. Essas alterações podem reduzir o desempenho esportivo e levar a amenorreia secundária (ausência ou atraso na menstruação). Além disso, é possível que surja também um estado de osteoporose (fragilidade óssea) o que, associado a cargas altas de esportes de impacto, poderia levar às temidas fraturas por stress.
O tratamento passa primeiro pelo reconhecimento da patologia com o devido esclarecimento à mulher atleta. É importante que ela reconheça o quadro e todas as implicações envolvidas. Além disso, é fundamental que toda a equipe multiprofissional ao redor da atleta reconheça e aborde a questão. Assim, médicos, treinadores, nutricionistas e, em alguns casos, psicólogos devem intervir no tratamento e, posteriormente, atuar de maneira preventiva. Redução rápida do peso ou percentual de gordura, fraturas por stress, aumento da frequência de lesões ou alterações comportamentais são todos sinais de alerta que devem fazer o profissional pensar além do que vê e buscar o diagnóstico da síndrome da mulher atleta.
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