Que a ressonância magnética é um excelente exame para avaliação do joelho e de outras articulações, não há como negar. Mas daí a aceitá-la como imprescindível e obrigatória para o diagnóstico de qualquer lesão em ortopedia é um grande erro.
É muito comum um paciente chegar ao consultório do ortopedista e já apresentar a ressonância magnética feita para avaliar uma dor qualquer. A ressonância, como qualquer outro exame diagnóstico, é um método complementar. E aí está o ponto: para complementar o que?
Para complementar uma anamnese (entrevista médica) bem feita e um exame físico cuidadoso, nesta ordem. Este é o caminho correto na busca para um diagnóstico que justifique a dor no joelho.
Por vezes, a ressonância (ou qualquer exame complementar) pode ser secundária, mas se for necessária o ortopedista não deve hesitar em pedi-la. E, ao receber o exame, não basta ler o laudo do radiologista. O ortopedista tem que avaliar as imagens para unir todos os dados, concluir a avaliação e fechar o diagnóstico.
Somente assim, seguindo os passos da correta propedêutica médica, é possível diminuir as chances de erro e oferecer o melhor tratamento aos pacientes.