Após o diagnóstico de uma lesão ortopédica surgem diversas dúvidas na cabeça dos pacientes. Se perguntam: E agora, doutor? Como será? E por fim, quando voltarei às minhas atividades normais? Se for praticante de algum esporte, daqueles que não conseguem viver sem jogar seu futebol ou correr, a pergunta é ainda mais específica: Quando vou voltar a praticar atividade física?
Antes de chegar no ponto final, é preciso ir onde tudo começa: a lesão. Após o aparecimento dos sintomas da lesão, o primeiro passo é procurar o médico especialista que dará o diagnóstico preciso e irá traçar o plano de tratamento. Em geral, o sintoma mais comum que leva o paciente a interromper suas atividades é a dor. A origem da dor pode ser um trauma, excesso de treinos, algo relacionado ao trabalho ou mesmo pode não haver uma causa específica bem definida para a origem do problema.
Após avaliação adequada pelo ortopedista, passa-se à definição do plano terapêutico. Este pode incluir medicamentos, fisioterapia, modificações na atividade física, afastamento do trabalho ou até a necessidade de intervenção cirúrgica. Quando diante de um praticante de esportes, já nesse momento é fundamental realizar o ajuste do treinamento, discutindo também com a equipe que assiste o atleta/paciente. Em alguns casos é possível adequar e continuar com a prática esportiva, enquanto em outros é necessário interromper os treinamentos.
Com o tratamento em curso, o prognóstico é esclarecido e um período previsto para retorno ao esporte deve ser apresentado. Para cada lesão existe um tempo médio esperado, mas deve-se lembrar que existem fatores individuais que podem acelerar ou retardar o processo. E o que garante o sucesso no retorno ao esporte e suas atividades normais?
– Em primeiro lugar, dedicar-se ao tratamento e respeitar as orientações.
– Cercar-se de bons profissionais: ortopedista, fisioterapeuta, educador físico.
– Realizar o tratamento com uma equipe profissional que consiga integrar todas as etapas de reabilitação.
– Filtrar o que se ouve de amigos, vizinhos e colegas – muitos pacientes aceitam essas opiniões e influências externas em detrimento dos profissionais colocando em risco o tratamento.
– Realizar todas as etapas do tratamento, até aquelas que porventura não agradem. Treinamentos de fortalecimento em clínicas ou academias são fundamentais em muitos casos e existem pacientes que nunca fizeram esse tipo de atividade mas, para a plena recuperação, devem obrigatoriamente incluir na sua nova rotina.
– Aprender e seguir medidas preventivas orientadas pela equipe multi-profissional de maneira a minimizar chances de uma nova lesão.
– Conter a ansiedade e voltar às suas gradualmente, respeitando readaptações do corpo e vencendo a insegurança natural do retorno.
– Por fim, ao voltar plenamente às atividades, ficar atento, não perder contato com o profissional que realizou o tratamento e reportar anormalidades imediatamente.
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