Quando se fala em lesão do menisco logo vem à mente a necessidade de uma cirurgia. No passado, o que se fazia era a cirurgia aberta, com uma grande incisão cirúrgica anterior ao joelho, ou por vezes duas incisões, e a retirada total do(s) menisco(s). O resultado, artrose grave inevitável com o passar dos anos.
À medida que as técnicas cirúrgicas evoluíram, o procedimento cirúrgico passou a ser realizado por meio da videoartroscopia, realizada com equipamentos minimamente invasivos inseridos no joelho por duas incisões de cerca de 1,0 cm cada.
Ao contrário do passado quando se retirava o menisco todo – porção lesada e porção sadia –, hoje procura-se preservar ao máximo o menisco. Quando não há condições para realização da sutura do menisco, situação em que a anatomia original é restaurada (saiba mais aqui), a técnica adotada é a meniscectomia parcial. Neste procedimento realiza-se a retirada da porção lesada do menisco, onde este se encontra rompido, de maneira a esculpir novamente seu formato e restaurar a sua estabilidade do menisco, minimizando também chances de re-ruptura.
A recuperação pós-operatória geralmente é rápida e permite que o paciente retome suas atividades prévias habituais. A descarga de peso sobre o membro operado é imediata e o início da reabilitação fisioterápica também deve ser precoce. Atividades de baixo impacto sobre os membros inferiores como natação, pilates, ciclismo, estão indicadas para todos os pacientes após uma cirurgia com meniscectomia parcial. Já atividades de maior impacto como corrida, futebol e outros não são proscritas, mas merecem adequado acompanhamento pelo ortopedista especialista em cirurgia do joelho e pelo fisioterapeuta.
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